
É engraçado como tenho debatido loucuras...
Encontrando diariamente momentos vagos, ou melhor, tornando o tempo ineficaz em aprendizado, num tempo glorioso de prazeres aproveitados...
O passado que me prendia em promessas futuras já não habita os sentimentos dessas mãos que relatam o presente vivido...
Vivido e bem quisto...?
As minhas idéias de sentar em praças e bem dizer meus pensamentos...
As minhas idéias de abraçar as diferenças vindas de diversos caminhos...
As minhas idéias de trocar lindas manhãs por tropeços boêmios aos luares na selva de pedras...
As minhas idéias de gritar o que vejo, o que sinto e o que vivo...
Não foram suficientes para apaixonar o exército de conquistas...
E seguindo o silêncio em minha companhia, trilhei caminhos desconhecidos...
Usei o corpo cansado da batalha utópica para fazer vontades virarem verdades...
Perdi Amores...
Perdi escolhas que trariam status sociais.
Rindo descaradamente da vida, cri em coisas que jamais compartilhei...
Vivendo enfurecidamente a essência da simplicidade, construí a solidão necessária para atingir um equilíbrio emocional...
Destruí sentimentos que pareciam durar a vida toda...
Destruí sentimentos que pareciam durar a vida toda...
Derramei lágrimas incansavelmente...
E ao sentir o gosto salgado decorrente de diversos fatos errôneos, mesquinhos e vulgares...
Deitei pra trás a genuidade com a qual conduzi comportamentos falhos...
E hoje não há nada que eu não admire por ser genuinamente belo...
Não há nada que eu não admire por encarar-me no fundo dos olhos e decifrar num simples sorriso, a vida que me convida para o mundo...
Fernando Resende