Sei que não deveria abandonar esse lugar, que para mim serve como uma grande válvula de escape, mas por vezes a ausência se faz necessária para que possamos dar continuidade a outros projetos.
Sinto falta de vir aqui e descarregar um monte de coisas que ando vendo na mídia, na politicagem teatral brasileira, no povo adestrado e sempre calado e na conformidade com a qual encaramos tudo com uma passividade característica brasileira.
Mas...sinceramente? Tenho tido tantas informações e tanta vontade de gritar, protestar e provocar que as idéias fervilhadas acabam se evaporando sem nem ao menos causar as repercuções necessárias.
Sinto falta de vir aqui e descarregar um monte de coisas que ando vendo na mídia, na politicagem teatral brasileira, no povo adestrado e sempre calado e na conformidade com a qual encaramos tudo com uma passividade característica brasileira.
Mas...sinceramente? Tenho tido tantas informações e tanta vontade de gritar, protestar e provocar que as idéias fervilhadas acabam se evaporando sem nem ao menos causar as repercuções necessárias.
Deixando os desabafos profundos de lado, este post serve de homenagem a um Mago da Literatura Mundial.
Dedico, com profundo agradecimento que adquiri durante os processos de buscas literárias, esse espaço, mesmo que pouco visitado e reconhecido, a José de Sousa Saramago que faleceu no dia 18/06/2010.
Dedico, com profundo agradecimento que adquiri durante os processos de buscas literárias, esse espaço, mesmo que pouco visitado e reconhecido, a José de Sousa Saramago que faleceu no dia 18/06/2010.
Um grande vácuo cultural se formou desde então e para quem ainda não conhece sua vasta dedicação a literatura mundial...encontre-o, desfrute-o, busque...desesperadamente BUSQUE! rs
"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar"
"É preciso variar, se não tivermos cuidado a vida torna-se rapidamente previsível, monótona, uma seca"
"Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos
de morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra
em nós uma grande serenidade, e dizem-se as
palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas
mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a
vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o
sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do
mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos
ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste."
José de Sousa Saramago (1922-2010)