Porém desta vez não me abandona por causa das antigas preocupações. Na verdade não sei ao certo os motivos.
Podem ser as novas preocupações, o ócio ou talvez o nada.
A TV clama para não ser desligada, A programação apática e medíocre não acrescenta nada além de horas de distração vazia. As mesmas palavras, frases ensaiadas, tudo parece Ser inédito e sempre visto anteriormente.
A mente não pára, palavras parecem surgir de um lugar onde outrora nem letras havia. Um big-bang da língua brasileira. Faço um chá para ver se acalmo as idéias, mas elas parecem não querer me abandonar...
Pelo menos enquanto não são passadas para o papel, parecem temer cair no mundo do esquecimento... Só que estas possuem um grande problema, Não se organizam.
Querem ser todasescritasdeumavezsó...
Aquelas que exprimem o amor se apresentam, São meigas, porém tão incertas que não sabem o que dizer.
E quando dizem se vêem nervosas por finalmente estarem sendo ouvidas.
Por um momento me aquieto, tento prestar atenção no que elas dizem.
Suas palavras embaralhadas parecem suspirar.
Primeiramente me pedem desculpas por muito tempo.
Deixaram-me em claro, por tirarem-me a paz.
O garoto que virou homem dentro de mim agradece...Pois sei que o meu coração hoje se aproxima de uma nova vida, novas alegrias e tudo mais que o amor pode trazer.
O arrependimento misturado ao remorso de não ter beijado aquela garota parece contrastar com toda a alegria contida em mim. Ainda assim carrego uma parte da garota comigo. E espero que o amanhã amanheça logo, para que eu possa tentar tudo outra vez. Por fim um adeus, ou até mesmo um tchau pois tanto eu como as idéias do amor sabemos que amanhã nos encontraremos de novo. E como uma mãe se despede de um filho, desejo uma “boa noite idéia do amor” e ela me responde: -Boa noite coração do poeta.
Autor: Desonchecido